sábado, 14 de setembro de 2013

94) Frederic Myers, o famoso psicólogo inglês que se tornou espiritualista: uma pesquisa moderna sobre sua vida e obra.

Anseios imortais: F. W. H. Myers e a busca vitoriana para a vida após a morte.

Autor: Trevor Hamilton
Editor: Imprint Acadêmico de 2009
Preço: £ 19.95 (paperback)
ISBN: 9781845401238
Classificação:

 

Um retrato vivo de um pioneiro da SPR e da elite social em que viveu.


Por Tom Ruffles
Jun 2010
Interesse em Frederic William Henry Myers (1843-1901), um dos fundadores da Sociedade de Pesquisas Psíquicas (SPR), tem crescido nos últimos anos, e agora Trevor Hamilton demonstrou sua importância ainda mais com esta primeira biografia completa. Hamilton tem pesquisado os prolíficos escritos de Myers e os de seus contemporâneos, assim como a grande literatura secundária, e sua apresentação clara permite ao leitor acompanhar a vida de Myers e o desenvolvimento de seu pensamento. Ele também lança luz sobre a cultura da elite final da era vitoriana - política, literária e científica -, olhando para as extensas relações sociais de Myers. O resultado é um livro que será essencial para os futuros historiadores de ambos, Myers e a SPR, e de valor para os alunos que buscam um conhecimento mais geral daquele período.

Isso, porém, não é uma hagiografia. Hamilton discute questões controversas como a relação de Myers com Annie Marshall, a mulher de seu primo que se matou, e se a morte de seu colega e amigo próximo Edmund Gurney foi acidente ou suicídio. Mas onde os críticos de Myers, nomeadamente Trevor H Hall, tiraram aspectos menos simpáticos, complementando-os com insinuações e especulações infundadas, Hamilton traça um retrato mais veraz que contraria essas interpretações parciais e distorcidas.

Myers é mostrado às vezes ser narcisista, esnobe, com um grande senso de seu status e valor. Mas, ao mesmo tempo, sua lealdade e seu calor para a sua família e seus amigos é realçada com vigor. Quando não foi possível chegar a uma conclusão definitiva, Hamilton pesa as probabilidades e tendências onde a prova se esgota e a especulação informada começa. O resultado é uma representação de pontos fortes e fracos de Myers, mas, mais importante ainda, uma exploração do que é de valor em seu legado, suas pioneiras pesquisas no campo da paranormalidade, quando cunhou a palavra telepatia.

É evidente que ele foi o principal colaborador das publicações da SPR em suas duas primeiras décadas, e seu principal pilar como pesquisador e sistematizador. Tendo em conta que a sua formação foi nos clássicos, Myers absorveu uma quantidade enorme de psicologia. Mas sua linguagem era freqüentemente obscura e é crédito de Hamilton ter conseguido apresentar as idéias de Myers de forma clara e legível, pelo menos, tanto quanto lhe é permitido pela opacidade freqüente de estilo de seu biografado.

Anseios imortais aparece quando há um crescente interesse pelas idéias de Myers. Suas idéias, relativas à existência em nós, muito vezes não suspeitada, de um eu subliminar ( isto é de um eu subconsciente, situado abaixo do limiar da consciência, diferente do eu supraliminar, ou eu consciente, situado acima daquele limiar), eu subliminar dotado de sensações, pensamentos e emoções que, muitas vezes, escapam à consciência supraliminar, com anterioridade a Freud, não são apenas de interesse antiquado, elas estão mais uma vez sendo levadas a sério, como tendo relevância para a psicologia moderna, enquanto Freud está em declínio. O resultado é uma adição valiosa para o pequeno número de obras que tratam de uma forma crítica, mas de acordo com os esforços de Myers e outros pioneiros da SPR, de como eles procuraram sondar, sinceramente, e apesar de suas fragilidades pessoais, os mistérios da alma humana. Myers foi o que mais se destacou, especialmente, através de duas grandes obras, a primeira delas sendo "A Personalidade Humana e Sua Sobrevivência à Morte Corporal", publicação póstuma, de 1903, em 2 volumes, de 1360 páginas, e a outra, muito conhecida e mais antiga, escrita em parceria com Edmund Gurney e Frank Podmore, de 1886, 770 páginas, também em 2 volumes, intitulada "Fantasmas dos Vivos".

Fonte: http://www.forteantimes.com/reviews/books/3625/immortal_longings_fwh_myers_and_the_victorian_search_for_life_after_death.html

Frederic Myers

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Frederic Myers com seus filhos Sylvia e Harold.
Frederic William Henry Myers (6 de fevereiro de 184317 de janeiro de 1901) foi um intelectual, ensaísta, psicólogo e poeta britânico, notabilizando-se como um dos pioneiros na pesquisa de fenômenos paranormais no final do século XIX e co-fundador da "Society for Psychical Research" (SPR).


Biografia

Filho de um reverendo anglicano, perdeu o pai na infância, ligando-se estreitamente à sua mãe. Cresceu em ambiente favorável aos estudos, vindo a obter formação intelectual no conhecido Trinity College de Cambridge. Destacou-se no estudo da cultura clássica greco-latina, tornando-se professor na área, mas posteriormente abandonou esta atividade para ser inspetor de ensino nomeado pela coroa britânica no distrito de Cambridge.
Desposou Eveleen Tennant, filha de uma rica família londrina. A esposa de Myers dedicou-se à fotografia amadora e acabou por produzir notáveis retratos de eminentes figuras da sociedade britânica da época. O casal Myers teve três filhos: Leopold, Harold e Sylvia. Leopold Myers tornou-se um novelista de considerável destaque.
Frederic Myers dedicou as últimas duas décadas de sua vida aos estudos dos fenômenos paranormais, com inúmeras viagens pela Europa e Estados Unidos pesquisando médiuns como Eusápia Paladino e Leonora Piper. Manteve estreita amizade com os filósofos William James e Henry Sidgwick.
Faleceu em 1901 em Roma, possivelmente de hipertensão maligna com falência renal. Seus amigos e companheiros da SPR editaram e publicaram postumamente, em 1903, a grande obra "Human Personality and It's Survival Of Bodily Death". Eveleen Myers editou e publicou uma coletânea dos poemas do falecido marido.
Em 2009 foi lançada a biografia "Immortal Longings: F.W.H. Myers and the Victorian Search for Life After Death" de Trevor Hamilton.

Carreira Literária

Em termos litarários, Myers se autodefinia como um poeta menor. De fato não se tratava de falsa modéstia, pois sua produção poética não chegou a ser considerada de primeiro escalão, embora alguns de seus poemas tenham se tornado muito populares na época, por exemplo Saint Paul e The Renewal of Youth (1882). Myers dedicou-se também à crítica literária, publicando por exemplo a obra Woodsworth (1881). Na condição de ensaísta, publicou a obra Essays, Classical and Modern (1883) em dois volumes. Os ensaios sobre Virgílio e sobre os Oráculos da Grécia Antiga são considerados expoentes do gênero.

Investigações Psíquicas

Em 1882 Frederic Myers, ao lado de Henry Sidgwick, Edmund Gourney e Frank Podmore, encabeçam a fundação da Sociedade de Pesquisas Psíquicas (Society for Psychical Research - SPR). O grupo de intelectuais britânicos almejava investigar os fenômenos espiritualistas tão em voga na época, de um ponto de vista racional e equânime, a partir de análises dos relatos e também da participação in loco de sessões onde ocorriam os alegados fenômenos paranormais. A SPR editou um jornal científico divulgando suas investigações, e continua ativa até o presente momento, permanecendo a sede em Londres. Myers foi o presidente da SPR em 1900. O filósofo e psicólogo americano William James, amigo pessoal de Myers, participou da SPR e posteriormente fundou nos Estados Unidos a American Society For Psychical Research - ASPR.
Uma importante e extensa obra publicada pela SPR intitula-se Phantasms Of The Livings, de 1886, escrita por Edmund Gourney e Frederic Myers com extensa colaboração de Frank Podmore, na qual são analisados 702 casos em que abrangem, nas palavras de Myers, "todas as transmissões de pensamento e sentimento de uma pessoa para outra, por meios outros que as reconhecidas vias sensoriais". Myers cunhou o termo telepatia para designar tais transmissões, terminologia que se consagrou pelo uso até os dias atuais.

3 comentários:

  1. André, vc tem o livro "Anseios Imortais"?

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    1. Não, não possuo esse livro, pedindo desculpas pela demora da resposta, pois raramente acesso artigos antigos do blog. Mas obrigado pela pergunta.

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    2. Não, não possuo esse livro, pedindo desculpas pela demora da resposta, pois raramente acesso artigos antigos do blog. Mas obrigado pela pergunta.

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